Pinacoteca

Um passeio no sábado à tarde pela Pinacoteca do Estado de São Paulo.

"Em 1895, Francisco de Paula Ramos de Azevedo assume o comando da construção do Liceu. Angaria cem contos de réis, verba aprovada pela Assembléia Legislativa, e com ela ganha uma área do Parque da Luz.
O edifício da Pinacoteca foi construído de 1897 a 1900. O propósito original era ser a sede do Liceu de Artes e Ofícios, uma idéia de Leôncio de Carvalho. Em 1901, o edifício em estilo neo-renascentista italiano passou a abrigar também a Pinacoteca do Estado. Em 1905, é inaugurada como sendo o primeiro museu de arte de toda a cidade de São Paulo."

"O prédio da Estação Pinacoteca foi sede do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) entre 1949 e 1983. Foi construído, porém, para servir de armazém da Companhia Sorocabana em 1914. Em 2002, o também arquiteto Haron Cohen realizou a restauração que transformou o edifício em Estação Pinacoteca, aberto para o público dois anos depois."

"DOPS significa Departamento de Ordem Política e Social.
Foi um órgão repressivo do governo brasileiro durante o regime militar.

Hoje, o DOPS ainda existe em alguns estados e no âmbito da Polícia Federal. No passado, o DOPS da Polícia Federal tinha dentre outras atribuções a de censurar os meios de comunicação. Hoje, dentre outras, mantém o controle das armas de fogo e munições de propriedade particular de civis, como a apuração de crimes praticados dentro do Cais do Portos em toda a costa brasileira e a Segurança de Autoridades e representantes de estados quando em visita oficial ao território brasileiro."

Um entre outros órgãos mantidos no período da Ditadura para controlar a população.
Controlar, aterrorizar e censurar uma população no auge do seu movimento cultural e político.

Fernanda Oliveira sábado, abril 21, 2007
O Cheiro do Ralo





O cinema nacional clama por reconhecimento, patrocínio e prestígio.

Temos grandes profissionais, atores, roteiristas, diretores. Imagino que a questão “investimento” deva podar grandes sucessos. Porém, a boa vontade, a credibilidade, o profissionalismo conseguem transpor essa pequena barreira.

É o caso de “O Cheiro do Ralo”. Baseado no livro do cartunista Lourenço Mutarelli, o filme dirigido por Marçal Aquino e protagonizado por Selton Mello custo pouco mais de R$ 300 mil reais.

No começo me chamou atenção o figurino, a fotografia, o cenário de uma São Paulo castigada pelo tempo, esquecida pelo governo e que castiga a todos que nela moram.

Dois elementos são o foco do filme, o fedor que vem do ralo do banheiro e, a importância nacional, a bunda da mulher brasileira!

O filme ganhou alguns prêmios, como o merecido “melhor ator” a Selton Mello no Festival do Rio 2006 e outro na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, também no final de 2006 quando recebeu o prêmio de melhor filme e menção honrosa a todo o elenco.

Este, sinceramente, não consegui entender.

Com o desenrolar do filme me senti perturbada. Não pelo o que o filme quer perturbar: a ignorância e indiferença como a personagem de Selton trata seus possíveis clientes, o valor dado por ele a cada objeto, a menina viciada que vende coisas casa para conseguir dinheiro para comprar mais drogas...

Fiquei perturbada pelo mal gosto. Pela importância dada às coisas e a falta de mensagem do filme. Li muitas críticas positivas sobre ele, mas não consigo analisa-lo dessa maneira.

Fernanda Oliveira segunda-feira, abril 16, 2007
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