Quando todos falam que é maravilhosa, não é mentira.
Nada de exageros.
A Champs Elisé é uma Paulista chique, maior e mais organizada. Um pouco de exagero.
Bom, cheguei sozinha a Paris, desembarcando pelo Charles De Gaul e falando apenas Merci em francês. O inglês? Péssimo, mas valeu! Consegui passar pela imigração e explicar que ficaria em Paris apenas 2 dias e que meu destino final seria Barcelona, para estudar por um ano. Foi mais fácil do que no avião. Minhas passagens foram compradas pela Air France, conclusão, todos os comissários e aeromoças só falavam francês. Para mim, podiam ser um pouco mais flexíveis já que o voô saiu de São Paulo.
Fiquei com uma impressão horrível, o que me deixou tensa. Todos dizem que na França ninguém te dá atenção se não fala francês. Parcialmente verdade. Até que as pessoas foram simpáticas.
Peguei um taxi que me levou até o hotel que tinhamos reservado do Brasil, Voltarie.
Um hotel bem simples, mas que tinha uma cama de casal e um banheiro dentro do quarto. Além disso, a recepcionista falava espanhol. Melhorou muito a situação! O Rô chegaria no mesmo dia, porém mais tarde. Ele tinha chegado a Barcelona um dia antes e dormido uma noite na casa de um amigo que conhecia apenas por email, o Norton.
No dia seguinte, pegaria um avião e iria me encontrar em Paris!
Depois de acomodar minhas 2 malas gigantes na parte de baixo do hotel, subi, tomei banho, me arrumei e tentei descansar um pouco. Depois fui procurar alguma coisa para comer.
Estava em uma lanchonete que ficava do outro lado da rua. Só deu tempo de pedir um sanduiche em um baguete duro com queijo frio, quando vi o Rô entrando no hotel, do outro lado da rua. Pedi um momento ao moço que estava me atendendo e fui ao seu encontro. Ele trazia flores para mim! Lindo!! Flores em Paris.
Ele me acompanhou no sanduba ruim de doer. Depois iriamos descobrir que só servem neste tipo de pão. A coisa mais sem graça que já vi. Comecei a sonhar com um queijo branco quente, em um pão francês... To sonhando com isso até hoje.
Na saída da lanchonete, o Rô fez amizade com um mendigo sentado na entrada, tomando um balde de cerveja. "A cerveja dos meus sonhos", disse o Rô adimirando a caneca.
Saimos para andar de metrô e conhecer a cidade. O hotel fica na estação Charone.
Compramos bilhetes de um dia, achando que durariam 24 horas, quando na verdade, acabavam à meia noite do mesmo dia da compra. Aprendemos.
Fomos até a Praça da Republica, quando começou a chover. Entramos embaixo de uma tenda de crepes e perguntamos sobre onde poderiamos comprar guardas-chuva. Fomos correndo até a loja que ficava do outro lado da rua e compramos 2. Depois fomos descobrir que custaram muito caro, 6 euros. Aqui em Barcelona encontramos por 4 e dos grandes. Mas, como em Paris tudo é muito caro, com o guarda-chuva nao poderia ser diferente.
Voltamos em uma ventania tamanha que foi o suficiente para que o guarda-chuva do Rô quase rasgasse.
Passamos por uma praça, com um peixe grande, com formato de dragão. Ficava em uma lado esverdeado, soltando água pela boca. Entramos de novo no metrô e fomos conhecer a estação Gare du Nord. Tinhamos visto uma imagem desta estação em um livro da Aliança Francesa.
Encontramos as linhas do TGV e outras. Saimos em busca de um restaurante. Paramos em frente a um italiano que tinha uma pizza que parecia estar ótima, por 10 euros. Beleza! Depois de um pouco de conversa, descobrimos que a pizza era um brotinho... levantamos e saimos para a Notre Dame. Comer? Prá que?
Vimos a igreja e como é linda! Perguntamos a um guarda para que lado ficava a Torre Eifell, que de longe estávamos vendo toda ilumida e piscando, linda!
Caminhamos até o afluente do Rio Sena, até a Ponte Neuf (ponte Nove). Paramos em frente a vitrine de um restaurante e entramos para comer um omelete de queijo e cogumelos. Delícia! Para acompanhar, pedimos um pedaço de queijo camembair e vinho rosé! Tres chiq!
Depois de sermos atendidos por um português simpático que estava na França há 20 anos, saimos do restaurante e fomos em direção ao nosso hotel. A Torre estava muito longe, e mesmo que agora estivessemos saciados, estávamos muito cansados para tentar chegar até lá.
Dormimos tranquilos depois do nosso primeiro dia em Paris!
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