Cheguei em Barcelona sozinha, no Aeroporto El Plat. Foi tudo muito tranquilo e sossegado.
O Rô havia saído de Paris bem antes que eu... mas quando chego a esteira para pegar as minhas bagagens, ele está lá. Seu voô atrasou bastante e por isso, acabamos nos encontrando!
A primeira impressão de Barcelona é como se estivesse vendo qualquer outra cidade... muitos caros, trânsito, vias enormes...
Quando o taxi se aproxima do centro da cidade podemos notar a diferença. O primeiro lugar em que ficamos hospedados era muito próximo a Sagrada Família. Chama-se Sant Jordi. O quarto era minusculo, com uma beliche, já que tinhamos escolhidos um quarto misto e nao para casal, pois saia mais barato!
As coisas ficaram dentro das minhas malas, fechadas. Usava apenas as mesmas roupas, que estavam separadas na mochila de mão. As coisas do Rô ainda estavam na casa do Norton. Adoramos o bairro da Sagrada, tem de tudo! Locutório (land house para nós), supermercados, fruteria, farmácia, livraria... completo!
Os primeiros dias foram reservados para a busca de uma habitación. Tarefa bem dificil. Buscamos na internet, ligamos, agendamos e vamos visitar. Não tem outro jeito. Ficaríamos neste albergue por 3 dias, no final de semana iríamos para outro e depois voltaríamos para o Sant Jordi para mais 2 dias. Tudo isso porque demoramos para procurar e fechar onde ficaríamos e não tinha mais datas livres e na sequência.
Nesses dias de busca por habitación vimos muita coisa... que agora, com certeza, damos risadas... As pessoas vivem de cada jeito que nao consigo entender como conseguem. E estao assim há anos, e parecem felizes e satisfeitas... talvez um pouco acomodadas.
Visitamos a Sagrada por fora. Até hoje não entramos dentro da igreja. Linda!! Acho que foi o único turismo que fizemos nesses primeiros dias... só queríamos saber de encontrar um lugar para ficar. Pagar albergue sai muito mais caro.
Chegou o dia de sairmos do Sant Jordi e irmos para o BCN Loft. Consegui com o argentino do albergue deixar minhas malas grandes no albergue, já que iriamos voltar. Tive que pagar, mas valeu a pena. Carregar as malas, mesmo sendo as de mão é dureza. Neste dia, não conseguimos tomar café da manhã, pois acordamos tarde e só deu tempo de desoculpar o quarto.
Compramos pão, frios e iogurte no mercado. Super chique a gente tomando na garrafa, no meio da rua. Estávamos com fome... precisávamos comer. Sentamos, agradavelmente, em um parquinho em frente a Sagrada. Estávamos preparados para sacar o pão e os frios para comermos alí mesmo, quando chega uma excurssão e param bem na nossa frente. Essa cena foi hilária. Nós dois sentados em um banco, em uma praça e uma multidão nos cerca, como se nós fossemos a atração. Não é exagero, estávamos cercados de turistas, que pararam para ver a Sagrada, do outro lado do lago.
Bom, guardamos as coisas, demos risadas, até porque era a única coisa que poderíamos fazer. Esperamos. Enfim, a tropa se dissipou. Nos preparamos de novo para o tão esperado café da manhã, quando de repente, outro grupo de turistas...e eles param onde? Na nossa frente, claro!
Não conseguia parar de rir. Aquelas minhas crises de bobeirite que nem eu sei explicar, tão pouco consigo me controlar.
Desistimos de tomar café e fomos embora.